Continuo a achar que, nas tuas mãos, nunca passei de um brinquedo. Alguém que usas quando não tens mais nada que fazer, alguém que te limpa as lágrimas quando todos te viram as costas, que te elogia quando estás em baixo. Alguém que sabes que estará sempre lá. Sempre fui a tua marioneta, alguém com quem fazes o que queres e quando te cansas guardas no armário velho lá de casa para só pegar quando todos se forem embora.
Por uns tempos, quando se ama cegamente e se tem medo de perder esse alguém, conformámos-nos com os fios que sustentam a nossa relação, mas quando vê-mos que talvez não valha a pena, que nunca passaremos disso, começámos a sentir-nos frustrados, infelizes, revoltados.
Assim, é a última vez que te pergunto: Quando é que deixarei de ser para ti apenas uma marioneta? Porque é que fazes de mim a tua última opção?