"Há uma carta que nunca me escreveste. Nunca enviaste. Nem sei se alguma vez a pensaste.

            Na minha cabeça já a imaginei. Dizes como nos conhecemos, como te apaixonaste, como te mudei.
            Pedes para nunca te esquecer. Lembras-me que também tu me fazes feliz. Dizes que dar-me a mão é viver.
            Na carta falas-me do amor. Dizes que nunca acreditaste. Mas de repente conhecemo-nos e desapareceu a dor.
            “Fizeste-me acreditar! Olhaste-me nos olhos, tocaste-me por dentro! Achas que algum dia te vou largar?”
            E a carta continua. Palavras bonitas, mensagens escondidas. Guardo-a debaixo da almofada, olho para a lua.
            De repente acordo! Foi tudo um sonho! Tu já aqui não estás. A carta desapareceu, mas no meu coração te guardo…"